Um incêndio, que deflagrou cerca das 15h40, está a consumir as antigas instalações da fábrica Ideal, ao fundo da rua do Arnado, na “Baixa” de Coimbra.
O fogo, que lavra com intensidade, formando uma coluna de fumo que se vê de vários pontos da cidade, está a ser combatido por várias corporações de bombeiros.
O edifício de quatro pisos onde laborou a antiga indústria têxtil “A Ideal”, na Baixa de Coimbra, ficou hoje em ruínas depois de um violento incêndio, que colocou o imóvel como um risco para habitações e empresas em redor.
O estado de degradação do imóvel era já visível para muitos dos moradores da zona, que receavam os riscos de protecção civil existente. Exemplo disso é o caso de foram as críticas feitas, já no passado, por um dos moradores junto da antiga bilheteira do campo de futebol do Arnado, Júlio Silva, que se queixava de “dias e noites em sobressalto”, receando a iminente ruína da fábrica abandonada há vários anos.
O edifício integra uma vasta zona degradada, entre a gráfica da Coimbra Editora e antigo campo de futebol do Arnado, espaço agora ocupado pelo Hotel Vila Galé Coimbra, inaugurado em finais de 2010.
“As paredes estão todas rachadas. Isto qualquer dia cai para cima de mim e eu fico cá soterrado”, queixava-se o reformado, enquanto, da soleira da sua porta, lançava um olhar de temor às ruínas atingidas esta tarde por um violento incêndio, que se segue a outros fogos de menor dimensão.
Responsáveis das poucas empresas que sobrevivem nesta rua da Baixa confirmaram hoje, no local, que a zona é afetada por problemas de insegurança e insalubridade, associados à decadência galopante dos edifícios.
A escuridão da noite encobre práticas de prostituição e os toxicodependentes demandam a área.
“Isto é o covil deles”, lamentava o morador Júlio Silva, ao aludir aos vizinhos de ocasião.
Seringas e preservativos usados proliferam no passeio junto à Ideal, onde existem lugares de estacionamento para várias empresas de comunicação social.
O edifício de quatro pisos, onde trabalharam no passado centenas de pessoas, sobretudo mulheres, ostenta grandes brechas de cima a baixo.
Durante décadas, A Ideal foi uma das mais importantes indústrias do concelho.
A fábrica abandonada situa-se junto a um escritório da Refer e um pequeno imóvel, ao lado do ramal ferroviário da Lousã (Coimbra B – Serpins) que albergou durante anos o Sindicato Nacional dos Ferroviários.
De vez em quando, caem vidros e pedaços de caliça sobre as viaturas e os transeuntes.
Hoje, pelo menos uma viatura retirada pela Polícia Municipal, quase meia hora após o início do incêndio, tinha sido já danificada por destroços.
Um acesso de terra e pedras, estreito e sem saída, onde gatos vadios fruem a generosidade das pessoas que os alimentam, separa a casa de Júlio Silva das ruínas ameaçadoras da fábrica.
Em março de 2007, em declarações à agência Lusa o ex-vereador Jorge Gouveia Monteiro, que tinha o pelouro da Habitação, realçou que a zona integra um projeto de reabilitação urbanística da faixa ribeirinha entre as estações ferroviárias de Coimbra B e Coimbra A, da autoria do arquitecto catalão Joane Busquets.
O plano, realizado no âmbito de um protocolo entre a Refer e a Câmara de Coimbra, foi aprovado há sete anos.
“Se o ministro Mário Lino (então titular das Obras Públicas e Comunicações) quisesse investir, isto avançava amanhã!”, garantiu Gouveia Monteiro há quatro anos.
O incêndio deflagrou pouco antes das 14:30, tendo comparecido no local diversas corporações de bombeiros do distrito de Coimbra, designadamente os Sapadores e Voluntários de Coimbra, além dos Voluntários de Brasfemes, Condeixa-a-Nova, Montemor-o-Velho, Soure, Penacova, Penela, Figueira da Foz e Vila Nova de Poiares.
Lusa
O edifício de quatro pisos onde laborou a antiga indústria têxtil “A Ideal”, na Baixa de Coimbra, ficou hoje em ruínas depois de um violento incêndio, que colocou o imóvel como um risco para habitações e empresas em redor.
O estado de degradação do imóvel era já visível para muitos dos moradores da zona, que receavam os riscos de protecção civil existente. Exemplo disso é o caso de foram as críticas feitas, já no passado, por um dos moradores junto da antiga bilheteira do campo de futebol do Arnado, Júlio Silva, que se queixava de “dias e noites em sobressalto”, receando a iminente ruína da fábrica abandonada há vários anos.
O edifício integra uma vasta zona degradada, entre a gráfica da Coimbra Editora e antigo campo de futebol do Arnado, espaço agora ocupado pelo Hotel Vila Galé Coimbra, inaugurado em finais de 2010.
“As paredes estão todas rachadas. Isto qualquer dia cai para cima de mim e eu fico cá soterrado”, queixava-se o reformado, enquanto, da soleira da sua porta, lançava um olhar de temor às ruínas atingidas esta tarde por um violento incêndio, que se segue a outros fogos de menor dimensão.
Responsáveis das poucas empresas que sobrevivem nesta rua da Baixa confirmaram hoje, no local, que a zona é afetada por problemas de insegurança e insalubridade, associados à decadência galopante dos edifícios.
A escuridão da noite encobre práticas de prostituição e os toxicodependentes demandam a área.
“Isto é o covil deles”, lamentava o morador Júlio Silva, ao aludir aos vizinhos de ocasião.
Seringas e preservativos usados proliferam no passeio junto à Ideal, onde existem lugares de estacionamento para várias empresas de comunicação social.
O edifício de quatro pisos, onde trabalharam no passado centenas de pessoas, sobretudo mulheres, ostenta grandes brechas de cima a baixo.
Durante décadas, A Ideal foi uma das mais importantes indústrias do concelho.
A fábrica abandonada situa-se junto a um escritório da Refer e um pequeno imóvel, ao lado do ramal ferroviário da Lousã (Coimbra B – Serpins) que albergou durante anos o Sindicato Nacional dos Ferroviários.
De vez em quando, caem vidros e pedaços de caliça sobre as viaturas e os transeuntes.
Hoje, pelo menos uma viatura retirada pela Polícia Municipal, quase meia hora após o início do incêndio, tinha sido já danificada por destroços.
Um acesso de terra e pedras, estreito e sem saída, onde gatos vadios fruem a generosidade das pessoas que os alimentam, separa a casa de Júlio Silva das ruínas ameaçadoras da fábrica.
Em março de 2007, em declarações à agência Lusa o ex-vereador Jorge Gouveia Monteiro, que tinha o pelouro da Habitação, realçou que a zona integra um projeto de reabilitação urbanística da faixa ribeirinha entre as estações ferroviárias de Coimbra B e Coimbra A, da autoria do arquitecto catalão Joane Busquets.
O plano, realizado no âmbito de um protocolo entre a Refer e a Câmara de Coimbra, foi aprovado há sete anos.
“Se o ministro Mário Lino (então titular das Obras Públicas e Comunicações) quisesse investir, isto avançava amanhã!”, garantiu Gouveia Monteiro há quatro anos.
O incêndio deflagrou pouco antes das 14:30, tendo comparecido no local diversas corporações de bombeiros do distrito de Coimbra, designadamente os Sapadores e Voluntários de Coimbra, além dos Voluntários de Brasfemes, Condeixa-a-Nova, Montemor-o-Velho, Soure, Penacova, Penela, Figueira da Foz e Vila Nova de Poiares.
Lusa
1 comentário:
O calor sentido nas imediações é intenso
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