terça-feira, outubro 02, 2012

LOULÉ CONTRA RETIRADA DO HELICÓPTERO DO INEM


Na sequência da tomada da decisão do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em retirar de Loulé o Helicóptero que se encontrava sediado no Heliporto Municipal de Loulé há cerca de dois anos e meio, deslocalizando-o para Beja, o executivo municipal manifesta a sua total discordância.

Em primeiro lugar, a prevalência das ocorrências no Algarve (87%) é claramente superior à registada no Distrito de Beja (11%), no período compreendido entre abril de 2010 e agosto de 2012.

A alternativa apresentada, com a adaptação de um KAMOV (helicóptero pesado ao serviço do Ministério da Administração Interna) para efetuar a prestação de socorro não vai ao encontro das necessidades já que, pelas suas características, está vocacionado para outro tipo de serviços que não as operações de emergência médica.

O Algarve, não só pela população residente ao longo do ano mas, fundamentalmente, pela população flutuante que triplica na época do verão, tem necessidade de um serviço permanente que preste auxílio imediato em situações de emergência até porque, o facto do Hospital Central ainda não estar concretizado, torna necessário que exista um equipamento que transporte doentes para os grandes centros como Lisboa (32% das ocorrências efetuadas no Algarve reportam a transferências inter-hospitalares).

Assim sendo, esta medida vai prejudicar claramente não só as populações mas também o turismo algarvio já que, nos dias que correm, os serviços de saúde constituem um fator determinante na escolha de um destino turístico.

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