Aconteceu em Aveiro
No passado dia 28, sexta-feira, aconteceu em Aveiro, no Salão Nobre do Teatro Aveirense, um debate promovido pela Comissão Promotora do APELO em defesa de um Portugal soberano e desenvolvido, em que intervieram Manuel Loff e António Avelãs Nunes, professores universitários, ambos primeiros subscritores do manifesto.
Entretanto, no distrito, 60 individualidades das mais diversas sensibilidades e setores também subscreveram o Apelo, assumindo assim a sua indignação contra o pacto firmado com a Troyca, que afunda cada vez mais o país em dívidas, à custa de injustiças insustentáveis – perda de direitos sociais, destruição dos recursos, alastramento do desemprego e da pobreza - que comprometem o presente e o futuro.
A sessão iniciou-se com a atuação do “Canto Décimo”, grupo vocal formado por professores do distrito, que cantou “canções heróicas”, com música de Fernando Lopes Graça, e poemas de vários poetas portugueses, como Carlos Oliveira e José Gomes Ferreira. Guilhermino Monteiro, diretor técnico do grupo, sublinhou a importância e a atualidade destas canções de resistência, manifestando também a disponibilidade dos componentes do grupo coral em dar, atuando, o seu contributo cívico e solidário a iniciativas públicas com os objetivos deste APELO.
Manuel Loff e Avelãs Nunes abordaram as crises sistémicas do capitalismo, incluindo a atual, do ponto de vista histórico, económico e sociológico e, durante o debate, registaram-se várias intervenções. Ficou claro que, também em Aveiro, é reconhecida a necessidade e é manifestada a disponibilidade para prosseguir a organização e iniciativa do “Apelo Em defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido”.
É possível concluir mais esta iniciativa com um veemente apelo à intervenção cívica e à luta de massas, porque não existe outra solução para impedir as políticas de destruição da nossa economia, a agressão que está a desenvolver-se contra a nossa soberania e a nossa identidade como povo, em todos os aspectos da vida económica, social e cultural.
Parafraseando uma quadra de António Aleixo, citada, a propósito, por Avelãs Nunes, “Esta mascarada enorme / com que o mundo nos aldraba, / dura enquanto o povo dorme, / quando ele acordar... acaba!”.
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