Aplicar técnicas da física no estudo de obras de Arte. Um desejo que levou Francisco Gil, Físico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a reunir uma equipa multidisciplinar composta por outros Físicos, Químicos, Geólogos e Historiadores da Arte da Universidade de Coimbra, e especialistas em Conservação e Restauro do Museu Nacional Machado de Castro, e a avançar com um projecto de investigação sobre obras de arte do século XVI, concretamente as obras dos Mestres de Ferreirim e da oficina de João de Ruão.
Os investigadores analisaram, caracterizaram e compararam a obra das duas oficinas de artistas, ao longo dos últimos quatro anos. As conclusões da investigação “são um contributo importante para a evolução da história da arte. Permite mostrar a riqueza que se vivia na época, a qualidade dos materiais, o gosto e o nível de vida dos artistas. João de Ruão usava por excelência ouro, vermelhão e lápis-lazúli, enquanto os mestres de Ferreirim utilizavam materiais mais pobres”, ilustra o coordenador do estudo.
Os investigadores vão agora iniciar o estudo das obras escultóricas do mestre Pêro, artista do século XIV, em particular os túmulos da Rainha Santa Isabel e da sua neta Isabel para, posteriormente, estabelecer a ligação aos túmulos da família da rainha, em Aragão. Este projecto será desenvolvido em parceria com as Universidades da Beira Interior, de Barcelona e de Florença.
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