terça-feira, abril 14, 2009

C M Coimbra: Relatório Contas 2008

Endividamento de médio e longo prazo da Câmara diminuiu 1ME em 2008
O passivo total da Câmara de Coimbra aumentou 1,3 milhões de euros em 2008, segundo um relatório de gestão da autarquia, que foi hoje aprovado pelo Executivo.
As dívidas de curto prazo aumentaram cerca de 2,3 milhões enquanto que o endividamento de médio e longo prazo diminuiu cerca de um milhão de euros em 2008, refere o Relatório de Gestão 2008 da Câmara Municipal. "Os indicadores económico-financeiros continuam a evidenciar uma situação económico-financeira consolidada", salientou hoje, na reunião quinzenal do Executivo, o vereador Marcelo Nuno, responsável pelo pelouro da gestão financeira. "Os indicadores económicos e financeiros mantêm uma estrutura equilibrada. Foram respeitados todos os limites legais de endividamento, ficando por utilizar 65,6 ME de endividamento líquido, dos quais 34,5 ME por empréstimos de médio/longo prazo", disse.
A receita cobrada total tem um valor de 87,5 milhões e as despesas correntes pagas atingiram os 66,1 milhões.
O relatório foi aprovado com os votos favoráveis da coligação maioritária (PSD/PP/PPM) e do vereador da CDU e as abstenções do PS e do edil independente Pina Prata.
O vereador Victor Baptista, líder da oposição socialista, remeteu para breve a divulgação de uma posição política sobre esta matéria.
Horácio Pina Prata votou contra o relatório de contas da empresa municipal Turismo de Coimbra, documento em que se abstiveram os vereadores socialistas e da CDU. "A Turismo de Coimbra, no primeiro grande ano de actividade, entra logo em falência técnica", criticou Pina Prata, comparando os 75 mil euros do capital social com os mais de 278 mil euros de resultado negativo.
Em resposta, o vogal do conselho de administração da empresa municipal Gonçalo Lobo Xavier explicou estes "resultados menos interessantes" com alterações no regime de dedução do IVA e com a "insuficiência" do capital social face ao tipo de actividades desenvolvidas. Na sessão foram também aprovados os documentos de prestação de contas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra e da empresa municipal Águas de Coimbra.
O período antes da ordem do dia da reunião foi marcado por uma intervenção da vereadora socialista Fernanda Maçãs, criticando a rejeição pela maioria, na sessão anterior, da proposta do independente Pina Prata de medidas de apoio da Câmara às empresas e famílias para enfrentar a crise.
"Há medidas que não exigem muitos recursos financeiros. É uma questão de reorganização, de poupar dinheiro e de opções", sublinhou, defendendo, nomeadamente, a suspensão da atribuição de subsídios a colóquios e jornadas durante este ano.
Em resposta, o presidente da autarquia, o social-democrata Carlos Encarnação, disse que "a Câmara Municipal de Coimbra pede meças em relação aos outros municípios, no que diz respeito aos apoios sociais, alguns dos quais não existem em mais nenhuma câmara". "Temos uma rede social que está incumbida em permanência de diagnosticar todas as situações de carência e de solicitar à Câmara os meios necessários", adiantou.
Lusa

Sem comentários: